domingo, 20 de abril de 2014

Capitulo novo

A ideia de ser solteira não me incomoda. Eu gosto da solidão e do fato de que eu não devo explicações a ninguém. Quando quero sair com meus amigos eu não tenho a obrigação de ligar para um cara e avisar aonde eu vou e com quem eu vou. Não sou interrompida no meio de algo que estou fazendo para receber uma ligação de alguém me avisando aonde vai e com quem. Eu não ligo. Pare de me ligar.
É interessante como parece que este ano que passamos juntos simplesmente desapareceu. Eu não sinto falta da rotina. Achei que sentiria. Não sinto falta do seu toque. Algo que eu definitivamente achei que sentiria. Não quero suas lagrimas, sua raiva ou suas alegrias. Não quero compartilhar nada com você. Ainda quero que você seja feliz, mas longe de mim.

E foi assim que começou um novo capitulo da minha história. Ele não é vermelho como a paixão ou negro como a morte. Ele é branco. É uma sequência de páginas em branco para que eu possa rabiscar nelas.

segunda-feira, 31 de março de 2014

Meus mares

Eu me considero louca.
A pior delas.

Quando me bradavam "Você é louca!" eu ficava brava.
 Hoje a minha resposta é só uma.

Mas é claro! Minha mente navega por um mar de insanidade! É justamente a sua estabilidade comum que o prende neste cubículo insosso que é a sua mente. 
Minha mente clama pela morte da minha sanidade, para que assim eu possa dar a luz aos bebês brilhantes que serão as minhas ideias.
A mente equilibrada não atinge nenhuma ideia gloriosa pois está restrita pelas leis da física, química, biologia, moral e filosofia. 
No momento em que se permitir que sua mente seja tão distorcida e sem escrúpulos, é que você terá ideias ínfimas perto dos pensamentos brilhantes que eu elaboro a cada segundo que passamos juntos!

Agora, o problema não é você ser louco dentro de sua cabeça, mas como você reage ao mundo. Como você expões a sua loucura?
Artistas mal compreendidos apenas se frustram e continuam com o seu trabalho, na esperança de que alguém consiga, mesmo que por um segundo, pensar na insanidade que o abateu durante a criação de sua obra. 
Não se engane quando eu digo que um artista "mal compreendido" não pode vir a fazer sucesso, pois Van Gogh não fora bem recebido em seu tempo, mas hoje seus quadros são admirados e usados de inspiração para outras vertentes da arte (vide o episódio "Vincent and the Doctor", na 5ª temporada, episódio 10).

Pessoas que vagam em seus delírios sem se preocuparem com a opinião publica, acredito eu, estão menos sujeitas a problemas de tristeza e raiva. Afinal, quem são esses comuns para nos criticarem?